quinta-feira, 1 de outubro de 2015

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA para cães e Gatos




O CAVET inova e traz para Ribeirão Preto e região, o serviço de Tomografia Computadorizada.
É um exame de imagem que possibilita o diagnóstico de inúmeros distúrbios em cães e gatos, muitos deles não perceptíveis no exame radiográfico ou ultrassonográfico.

Existem algumas indicações e recomendações que devem ser seguidas para garantir o sucesso do exame. Como todo exame existem limitações, e alguns tecidos são melhor visibilizados por exemplo, no exame por Ressonância Magnética. O profissional sabe indicar qual é o melhor exame para cada suspeita.

A maioria das vezes o paciente deverá ser sedado ou anestesiado. Não se preocupe!!! No preparo e durante TODO o exame seu animalzinho será monitorado por um médico veterinário especializado, o anestesista veterinário.

O CAVET também conta com laboratório no mesmo local, o que facilita a coleta e processamento de amostras caso seja necessário. Citamos como exemplo o liquido cefalorradiano, material muito sensível que sofre alterações muito rápido, exige processamento rápido, mas existem tantos outros. 

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O problema do testículo ectópico.

Quando existe um defeito congênito (de nascença) de um ou ambos testículos descer para o escroto (saquinho), o paciente é  criptorquida.
O testículo "tópico" é aquele que se encontra dentro do escroto, ou seja tem localização normal. O testículo que se encontra fora da bolsa, é denominado como ectópico, ou seja ele tem uma localização anormal.

Em geral a descida do testículo para o escroto acontece  logo após o nascimento por meio de uma fibrose e contração de estruturas. Existe chance de descida até dois meses de idade, posteriormente as chances são praticamente nulas.

Um ou ambos testículos podem ter localização anormal sendo este fato de ocorrência bastante comum na medicina veterinária de pequenos animais. A ausência de um testículo (monorquidismo) ou de ambos (anorquidismo) é de ocorrência rara. Por isso notando-se ausência de um ou ambos testículo/s em bolsa,  deve-se suspeitar inicialmente de criptorquidismo.

O ultrassom é o método diagnóstico mais confiável, mas como para todo e qualquer distúrbio deve estar associado a um histórico, exame cleinico e físico completos.

Em geral a localização dos testículos ectópicos é intra-abdominal (não palpável)  ou inguinal (palpável).

Os testículos retidos são predispostos ao desenvolvimento de neoplasias (seminomas e serolinomas). Tais alterações não acontecem imediatamente, mas com o tempo, e por isso recomenda-se a castração precoce destes pacientes.

Existem diversos estudos que apontam  a causa do distúrbio do criptorquidismo como hereditário, autonômico recessivo. Portanto recomenda-se a remoção cirúrgica de ambos os testículos de cães criptorquidas com a finalidade de evitar sua reprodução e transmissão desse distúrbio genético para suas crias.

Os testículos devem ser enviados preferencialmente para estudo histopatológico, a fim de determinar se já existe ou não, alterações compatíveis com neoplasia e se o tecido glandular encontra-se íntegro.
Fig 1: testículo ectópico inguinal. Note o grande aumento de volume da região inguinal esquerda deste paciente. FONTE: http://veterinariatao.wordpress.com/oncologicos/tumor-de-testiculo/
Alguns tipos de tumores testiculares requerem tratamento quimioterápico, outros não. Para definir, é imprescindível avaliação histopatológica após remoção cirúrgica. Só depois é possível afirmar se é um tumor benigno ou maligno.

Fig 2: Testículos ectópicos intra-abdominais removidos via laparotomia. Note o tamanho aumentado da peça a esquerda (neoplásico) e o tamanho reduzido da peça da direita (testículo hipoplásico, pequeno). ARQUIVO PESSOAL CAVET RIBEIRAO PRETO SP



Dúvidas? cavetrp@gmail.com

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Por que o médico veterinário sempre colhe sangue do pescoço?

Existem diferentes acessos venosos para coleta de sangue em cães e gatos. Podemos utilizar as veias cefálicas (das patinhas da frente), as safenas laterais e mediais (vv. safenas laterais e mediais - patinha de trás), dentre outras. No entanto a veia jugular, localizada no pescoço tanto de cães quanto gatos, oferece um excelente ponto de coleta de sangue.

figura 1. Localização da veia jugular na região cervical de um cão (estrutura azul). Em amarelo estão representadas glândulas salivares.


Existem alguns pontos positivos que devem ser considerados na coleta de sangue da veia jugular (pescoço):

*O sangue colhido da JUGULAR é de melhor qualidade pois na coleta dispensa excesso de pressão na seringa, fato que preserva a integridade das células sanguíneas. Quando a coleta é feita na veia da "patinha", este sangue pode hemolisar (células destruídas). Isso acontece principalmente quando o paciente é de pequeno porte onde a veia é proporcional ao seu tamanho, muito pequena. Por este motivo sugere-se que em animais de pequeno porte, a coleta seja sempre via jugular (vaso mais calibroso).

* A coleta é muito mais rápida pois o vaso é calibroso o que permite a retirada da amostra de sangue em menos tempo.  Por este motivo, essa veia é a de eleição para coleta de sangue para bolsa de transfusão.


* Não compromete o acesso venoso para administração de medicamentos ou soro, geralmente feito nas "patinhas". Se a coleta de sangue é feita em uma das patinhas, em geral essa veia não pode mais ser utilizada como acesso para administração de medicamentos.

Alguns fatores limitam a coleta de sangue via jugular, são eles:

* Dor cervical: animais que tem algum tipo de discopatia (hérnia de disco), lesão de vértebras cervicais (pescoço) devem ser manipulados com cuidado. Deve-se evitar a manipulação do pescoço e nestes casos, efetuar a coleta de sangue de outro local.

* Lesões no leito jugular. Deve-se evitar a coleta de sangue nessa região quando houver feridas, queimaduras, tumores, lesões graves de pele no leito da jugular,  onde ela "corre".

Figura 2. Posicionamento de paciente canino para coleta de amostra de sangue via jugular. A mão esquerda da pessoa que coleta faz o garrote.


Figura 3. Posicionamento para coleta de sangue via v. cefálica. O auxiliar faz o garroteamento da veia, podendo ser feito também com uso de uma faixa elástica.


Muitos proprietários se espantam quando o médico veterinário diz que necessita da coleta de sangue da jugular, `as vezes refugando a coleta. No entanto devem ser conscientizados sobre os benefícios desse tipo de coleta. Caso sinta-se desconfortável em assistir a coleta, peça para sair da sala. NENHUM médico veterinário tem como intuito fazer qualquer mal ao paciente, sendo ele manso ou agressivo.
E lembre-se, a picadinha que o paciente sente no pescoço é a mesma ou inferior do que a deferida na coleta do braço.

Por fim podemos concluir que, quando a amostra de sangue necessária for moderada a grande, quando o porte do paciente for pequeno, deve-se efetuar a coleta de uma veia calibrosa como a JUGULAR. Quando o volume necessário for pequeno ou quando houver limitações (descritas acima), pode-se efetuar a coleta de veias menos calibrosas como a v. cefálica ou safena.

Fonte imagens:
Figura 1
Figura 2 Catthevet
Figura 3 Vetmed

domingo, 4 de maio de 2014

Biopsia? O que é isso?

Toda vez que um tecido é retirado do paciente, é indicado que este seja analisado por profissional competente a fim de determinar se há ou não alterações.

Fragmentos de órgãos ou tecidos são enviados para o patologista veterinário, que então procede a processamento da peça. Existem várias técnicas, mas o intuito de todas elas é disponibilizar fatias bastante finas, possibilitando o estudo microscópicos das células presentes.
O patologista também avalia as características macroscópicas da peça, ou seja, faz uma avaliação das características visuais da amostra em estudo, associada a descrição realizada pelo médico veterinário que fez a remoção cirúrgica.

1. Avaliação histopatológica de tecido mamário. Todas as lâminas apresentam alterações celulares e morfológicas de tumores de mama em cadela.  Nesta prancha, cada número representa um tipo de neoplasia.


Outra categoria é a citologia. Neste caso se faz a aspiração de uma pequena amostra de células do local suspeito por meio do uso de agulha fina. É um exame preliminar, que dirige a suspeita diagnóstica pois como a amostra é bastante limitada, deve-se considerar a possibilidade da não colheita de tecido suficiente ou do exato local, principalmente quando a área acometida é muito pequena. Quando bem indicado pode garantir o perfeito andamento do caso clínico.

Bastante comum na clínica veterinária, os tumores de mamas em cadelas e gatas,  tem como indicação de tratamento a remoção cirúrgica da cadeia de mamas. Independentemente do tamanho do nódulo, a amostra deve ser enviada para o exame histopatológico. Somente este exame microscópico é capaz de dizer se o nódulo tem característica de benigno ou malignidade, bem como comprometimento linfático ou das margens cirúrgicas. Por meio da análise histopatológica, é possível também afirmar se um tumor é primário ou secundário (metástase).
A avaliação macroscópica NÃO é capaz de fechar qualquer diagnóstico!

A amostra para histopatológico deve ser fixada tão logo em solução de formol a 10% (1 parte de formol para 9 partes de água). As lâminas de citologia, devem ser fixadas em metanol ou álcool etílico.
Excepcionalmente  para o tecido nervoso (medula nervosa, cérebro, nervos, cerebelo) deve ser fixado em uma solução mais concentrada de formol, 20% (2 partes de formol para 8 partes de água).

 É importante informá-los que o médico veterinário montará o plano de tratamento, conversará sobre o prognóstico do paciente após o conhecimento do resultado deste importante exame, o histopatológico.


O CAVET II oferece estes serviços (análise citológica, histológica/histopatológica) e necropsia.
 Tel (16) 3237.2024      cavetrp@gmail.com

Imagens:
Figura 1: http://vet.sagepub.com/content/48/1/117/F1.expansion.html

terça-feira, 22 de abril de 2014

O descaso com a anestesia.



É bastante comum na clínica veterinária, que o proprietário/tutor de um animalzinho que recebeu indicação de algum procedimento cirúrgico, utilize apenas o orçamento para autorizar ou não a realização do tratamento.

O orçamento de qualquer procedimento intervencionista deve ser sim considerado e estudado, mas existem fatores EXTREMAMENTE IMPORTANTES que devem ser lembrados pois estes sim, podem determinar o sucesso ou falha do tratamento, incluindo a morte do paciente.

A anestesia é um procedimento meticuloso que deve ser indicado com cautela para qualquer paciente (novo, idoso, saudável, doente, etc.). O anestesiologista/anestesista é o profissional que escolhe e monta o melhor protocolo anestésico para cada paciente após avaliar os exames laboratoriais e clínico.

Utilizamos o texto postado no jornal Estadão, sobre o descaso dos pacientes com o tipo e risco da anestesia, quando procuram procedimentos plásticos. O mesmo é válido para a medicina veterinária!!!
Por isso, sempre que seu animalzinho necessitar de qualquer procedimento em que tenha que ser sedado e/ou anestesiado, converse com o médico veterinário, inclusive com o anestesista a fim de conhecer a segurança e risco do procedimento.

Lembre-se que as vezes, o barato sai caro!


Pacientes de cirurgia plástica ignoram importância do tipo de anestesia

A maioria dos pacientes de uma cirurgia plástica se preocupa sempre com preço, às vezes com expertise do médico e quase nunca com a anestesia. Se o que determina o sucesso do procedimento do ponto de vista estético é a habilidade do cirurgião, cabe ao anestesista - ou anestesiologista, como eles preferem ser chamados - a tarefa mais importante: fazer com que o paciente saia, além de mais bonito, vivo da mesa de operação.

"Um minuto sem oxigênio pode significar uma lesão cerebral. O anestesiologista precisa ser bom", diz Irimar de Paula Posso, de 67 anos, professor de Anestesia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Uma das formas que o mercado usa para enxugar o custo é eliminar etapas importantes da avaliação médica, como a consulta com o anestesista, profissional que o paciente normalmente encontra só na mesa de cirurgia. "Estou cansado de ouvir casos de pacientes que morrem na mesa de operação. Toda cirurgia tem um risco, mas quando o procedimento é muito barato, alguma coisa foi deixada de lado", diz Posso.

Quando não existe uma consulta, as doses dos anestésicos são calculadas de acordo com as características da média da população brasileira. "Mas as pessoas são diferentes. Sabendo mais sobre o paciente, o médico pode fazer combinados personalizados que aumentem o bem-estar e diminuam os efeitos colaterais das drogas", acrescenta.

Menor custo. Outra estratégia para diminuir o preço da cirurgia é acenar com técnicas que parecem ser pouco agressivas. Usar anestesia local para realizar uma lipoaspiração, por exemplo, pode parecer mais simples do que se feita com peridural ou geral (veja quadro com os tipos de anestesia). Não é bem assim.

"Quando se faz procedimentos longos, em áreas extensas do corpo, com anestesia local, podem surgir complicações", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Carlos Eduardo Lopes Nunes. "Se a cirurgia demora, será preciso reaplicar a anestesia e haverá risco de intoxicação do paciente. Em vez de assumir que é uma cirurgia e tratar como tal, está se minimizando o procedimento. E muitos optam por isso para gastar menos."

Natale Gontijo, cirurgiã assistente da equipe de Ivo Pitanguy, usa a local para cirurgias de pequeno porte, com menos de uma hora de duração. "Mesmo assim, deve ter um anestesista na sala."

Procedimentos cirúrgicos, por mais simples que pareçam, não podem ser realizados em consultórios. "Cirurgia plástica deve ser feita em uma clínica com recursos hospitalares", diz o plástico Luis Paulo Barbosa, dono do Centro Paulista de Cirurgia, que tem 11 leitos e faz 400 operações estéticas por ano. O local tem de estar equipado para emergência. Paradas cardíacas e outras reações adversas podem acontecer e o local tem de estar preparado para isso.

"Já soube de casos de pacientes que fizeram lipoaspiração, com anestesia local, num consultório. E o paciente ficou todo o procedimento em pé." Barbosa explica que o cirurgião achou que o resultado final poderia ser melhor do que se fosse feito na horizontal, numa maca. "Dá para imaginar o sofrimento e o desconforto do paciente."

Sequelas. Além de professor de Medicina, Posso também é advogado, especialista em defender colegas processados por pacientes com sequelas pós-operatórias. "Tenho três casos em que os pacientes ficaram com problema de locomoção depois da peridural. Uma ficou paralítica", conta. "Um em cada 15 mil pacientes que recebem peridural pode ter algum tipo de sequela neurológica." Nos Estados Unidos, usa-se a anestesia geral para turbinar as mamas. "Isso porque os processos médicos são frequentes e caros", relata.

Vaidosa, a fazendeira Graça Lemos de Lemos passou há 20 dias por uma troca de prótese de mama. Foi operada com anestesia geral. "Tive uma parada cardiorrespiratória quando nasceu meu segundo filho", explica. "Foi horrível. Estava consciente, brigava para respirar, até que apaguei. Acordei com o médico em cima de mim, fazendo massagem cardíaca para me ressuscitar. Desde então, só opero com geral."

A segurança da técnica está no fato de o paciente já estar entubado. "No caso de uma parada cardiorrespiratória, ele corre menos risco de ficar sem oxigênio e sofrer alguma lesão cerebral por conta disso", diz o anestesiologista Danilo Petrillo. "Você não perde tempo em entubá-lo." Num caso de emergência, os médicos correm contra o relógio.

No Brasil, a maioria das clínicas prefere aplicar a peridural em cirurgias de implante de prótese de mama. Vale destacar que ela é, em média, 40% mais barata que a geral. Mas não é só uma questão de preço. Há médicos que preferem a peridural à geral. É o caso de Barbosa, por exemplo. "Nunca tive problemas com a peridural. Além disso, é uma técnica com vantagens. Em procedimentos da cintura para cima, causa menor sangramento que a geral."

Apesar de conhecer as vantagens da peridural, Natale, da equipe de Pitanguy, fica com a geral. " Se tiver qualquer problema durante a peridural, o anestesiologista vai ter de reverter para geral, para poder controlar melhor", explica. "Eu não usaria peridural na minha mãe, por que usaria no paciente?"


Fonte: O Estado de S.Paulo
27 de junho de 2010 | 0h 00


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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Você já examinou as mamas do seu animalzinho?

Os tumores de mama são muito comuns em cadelas e gatas. Estes tumores podem ser encontrados em todas as idades e a palpação das mamas é a forma mais fácil de identificá-los.

É importante lembrar que boa parte dos nódulos mamários, principalmente nas gatas, pode ser um câncer. Desta forma, uma vez que haja a presença de um nódulo ou aumento de volume na mama de um animal, o ideal é procurar a ajuda de um oncologista veterinário, já que o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura


Atualmente existem diversas modalidades de diagnóstico e tratamento para o câncer de mama.  Se você notou alguma alteração nas mamas da sua cadela ou gata, procure um oncologista veterinário: ele é quem irá orientá-lo sobre os melhores procedimentos para seu animal. 

FIGURA 1. Paciente canina, com vários nódulos mamários, pré-operatório.

FIGURA 2. A mesma paciente da foto anterior, em pós-operatório imediato    .

FIGURA 3. Aspecto final após remoção dos pontos.


FIGURA 4. Paciente canina, durante quimioterapia após diagnóstico de câncer de mama. Alguns tipos de tumores dispensam quimioterapia. Após resultado do histopatoógico, o oncologista veterinário apresenta o protocolo de tratamento pós-operatório.


FIGURA 5. Paciente felina com tumor de mama ulcerado.
Nas gatas, mais de 90% dos tumores de mama são malignos (câncer).

SERVIÇO DE ONCOLOGIA VETERINARIA DO CAVET II
cavetrp@gmail.com
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Fotos: arquivo pessoal.