sábado, 21 de maio de 2011

ONCOLOGIA VETERINÁRIA




Assim como nós, os animais de estimação também podem desenvolver um câncer. Um tumor acontece quando uma célula do corpo se prolifera descontroladamente, devido a uma alteração genética, que pode ter diversas causas. Entre elas, podemos citar a radiação solar excessiva, a fumaça de cigarro (cães e gatos também são fumantes passivos!), ou mesmo a administração de hormônios para evitar o cio.
A principal característica que diferencia um tumor benigno de um tumor maligno (câncer) é que o primeiro permanece no órgão de origem, enquanto um câncer tem a capacidade de invadir os vasos sanguíneos ou linfáticos e alcançarem outros órgãos do corpo, o que chamamos de metástase.
Portanto, um dos fatores mais importantes para o sucesso do tratamento de um paciente com câncer é o diagnóstico precoce, antes de acontecerem as metástases. Assim é possível aumentar as chances de cura, controle da doença e qualidade de vida do paciente. Os proprietários e médicos veterinários devem ficar atentos a alguns sinais de alarme como:
·         Nódulos no corpo
·         Feridas que não cicatrizam
·         Febre persistente
·         Perda de peso sem causa aparente
O paciente deve ser submetido à biópsia sempre que houver uma lesão suspeita. Esta é a forma mais segura de se diagnosticar o câncer. Algumas vezes, é possível inclusive identificar lesões pré-cancerígenas ou um câncer inicial.
O tratamento do câncer é realizado principalmente por cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Estes procedimentos podem ser associados ou não. Nos animais, a cirurgia e a quimioterapia são utilizadas com maior freqüência.
Em grande parte dos casos, o tumor é removido através da cirurgia. Contudo, para evitar a recidiva, ou mesmo para eliminar possíveis focos de metástase, recomenda-se a quimioterapia. São os casos de câncer de mama, mastocitoma, hemangiossarcoma, entre outros. Outros tumores não requerem cirurgia e são tratados apenas com quimioterapia, como linfomas, leucemias e o tumor venéreo transmissível (TVT).
Muitas pessoas relutam em submeterem seus animais de estimação à quimioterapia. Mas, ao contrário do que se pensa, cães e gatos costumam apresentar menos efeitos colaterais do que as pessoas. Além disso, todo o tratamento deve ser monitorado com exames de sangue e de imagem. Os pacientes também devem receber medicações para prevenir os efeitos colaterais. Dessa forma, os riscos dos pacientes apresentarem náusea, vômito e diarréia são bastante reduzidos.
Existem dezenas de quimioterápicos utilizados na Medicina Veterinária. Para que o oncologista veterinário determine o melhor protocolo terapêutico, é preciso considerar três fatores: o câncer, o quimioterápico e o paciente. Tendo conhecimento sobre os tipos de câncer, a atuação dos quimioterápicos no corpo e levando em consideração as particularidades de cada paciente, é possível estabelecer um tratamento com o máximo de eficácia na destruição do câncer e que não prejudique o paciente. 
O objetivo do oncologista veterinário é proporcionar qualidade de vida ao paciente. Se um tratamento não está tendo o efeito desejado, o mesmo deve ser interrompido. Todo e qualquer tratamento deve fazer com que o paciente se sinta melhor.
A responsável pelo setor de Oncologia de Cães e Gatos do CAVET é a Dra. Sabryna Gouveia Calazans.







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